terça-feira, 2 de setembro de 2008

HOMENAGEM A ELIAS JOSÉ
























Tive a honra de conversar no 16º COLE, na UNICAMP,em 2007, com o escritor Elias José e comprar mais alguns livros de sua autoria. Tiramos fotos, batemos papo sobre poesia e leitura e até aproveitei para contar que ele foi um dos inspiradores para a publicação do meu primeiro livro de poesias destinado ao público-infantil: Meu Mundo Criança. Até prometi enviar-lhe dois exemplares no intuito de presenteá-lo e de o mesmo emitir um parecer sobre à minha escrita. Em um dos livros que comprei em seu stand, deixou-me o seguinte recado: Para a Denise, que tem a magia de escrever poesias para crianças, abraços do Elias. Cole,12/07/07.

Logo em seguida, esse maravilhoso autor escreveu seu endereço para que eu pudesse encaminhar-lhe meu livro. Por conta do ritmo intenso do Mestrado não enviei e estava pretendendo fazer isso agora. Mas infelizmente, ao abri meu e-mail no dia 02 de agosto, recebi a lamentável notícia pela ALB sobre o falecimento de Elias José. Custei a acreditar e só hoje estou conseguindo falar sobre o assunto; que, por sinal, a mídia nem sequer registrou. Pelo menos , eu não li nem assisti nada acerca da grande contribuição desse escritor para a formação de inúmeros leitores. Fica aqui registrado meu protesto!

Para Elias José, a leitura tinha que ser sentida, repetida e vivenciada constantemente. Segundo ele: “Quem não lê literatura ou publicações jornalísticas e científicas, vive a vida sem entendê-la, sem ser atingido pela razão, pela inteligência ou pela emoção. Quem não lê está perdendo a essência da vida”.

Constantemente ele relatava em suas palestras/encontros que gostava de ler desde garoto. Relacionava esse gosto pela leitura à contação de histórias por parte da sua avó paterna, bem como aos colonos da fazenda de seu pai e ao rádio, veículo de comunicação de sua época.

Sinto bastante por termos perdido um autor que amava ler e escrever por satisfação e necessidade. Sua escrita lúdica, estética e reflexiva voltada para o público infantil contribuiu bastante para um olhar mais instigante e diferenciado em relação às crianças : não as subestimava e sim as considerava como interlocutoras autônomas intelectualmente.

À você, Elias José, todos os méritos: contador de histórias e poeta, que cantou versos mágicos e encantou não só o público infantil; mas uma multidão de leitores que amam textos com saber e sabor, como os seus.

Descanse em paz! Aqui continuaremos a ler e reler seus escritos; vivenciando-os, tranformando-os e nos transformando.
DENISE DIAS DE CARVALHO SOUSA

13 comentários:

Anônimo disse...

Oi... Sou o Lupo do PM, vim aqui ver sua bela homenagem ao autor Elias José. Que ele descanse em paz... Abraços.

Jeoh disse...

Olá Denise! Aqui é o seu aluno Jeová... espero que lembre de mim.

Quando eu ouvi
você contar um pedacinho dessa história no final da nossa última aula,(09 de Setembro) eu fiquei perplexo e imaginei que ficaria muito triste se estivesse no seu lugar...
Aproveitei a passagem pelo blog pra conferir algumas das fotos que você tirou com o escritor e também para dar uma olhada na sua página em geral.
Depois eu vou lendo as outras postagens com mais calma e comentando à medida que terminar.

Quando puder dá uma conferida no meu blog. Faz um tempinho que eu não atualizo, mas você está me empolgando a voltar a escrever.

www.sanguedequati.blogspot.com

Grande abraço!

Naveletras disse...

Jeová,

Fiquei feliz pela sua visita ao meu blog.Espero sempre contar com a sua presença nesse espaço.
Um dos meus objetivos de vida é a prática cultural de leitura (o blog já está incluso nessa proposta).
Quando você me diz que eu já estou lhe estimulando para seu retorno à atualização do seu blog, percebo que minha missão por aqui está sendo cumprida.
Vou , com certeza, fazer uma visita ao seu blog e, se depender de mim, ele vai "bombar".
Um forte abraço,

Denise

Leon Cardoso disse...

Devo dizer antes de mais nada que gostei muito de seu blog. Sou inevitavelmente também um dos adimiradores de seu trabalho.

Sabe, estes versos que agora vou de mostrar foram escritos durante uma de suas aulas. Foi minha primeira tentativa de escrever um poema infantil. Pode me ajudar dando um título para ele? rsrsrr.

XXXXXXXXXXXX

O Pato disse pro Gato
que o Rato roeu o mato
sentindo o aroma frio
que vinha de lá do alto.

_Roeu o mato que eu ví !
Disse apontando rápido
para uma folha caída
vinda talvez do espaço.

O Rato escutava tudo
e ria surpreso e baixo.
Roeu foi um queijo bom
escondido de tudo e do Gato.


Escrito em Jacobina no dia 23-08-08
Às 09:53.

Leon Cardoso

Naveletras disse...

Leon,

Fiquei feliz pelos seus comentários e,também,por saber que as nossas aulas estão sendo bastante produtivas. Que poema maravilhoso! E feito durante às aulas?Que inspiração!Pode ter certeza que esses versos já irão para o nosso Varal de Memórias.
Quanto ao título, ah, poderiam ser tantos! Posso até arriscar,mas pela sua sensibilidade de poeta, percebo que você deve ter muitas opções. Mas, vamos lá! Serão sugestões de uma leitora que ficou encantada pelas rimas e pelo conteúdo poético: 1- A ESPERTEZA DO RATO; 2- PEQUENININHO SÓ NO TAMANHO;3-PERCALÇO DO PATO E DO GATO e 4-A SINUOSIDADE DO RATO.
Espero sempre contar com sua significativa participação nas aulas, suas visitas ao meu blog,e, é claro, um parceiro na arte da escrita.
OBS.: Não esqueça de levar seu poema na próxima aula. PARABÉNS!!!!!!!!!!!
Um forte abraço,

Denise

Anônimo disse...

Olá professora, passei só pra dá um espiadinha no seu blog...mas agora não posso deixar de parabeniza-la, é realmente contagiante seu trabalho.

Assim, como o nosso colega Leon, a quem eu também felicito pela sua poesia, gostaria de deixar a minha... fiz em homenagem a minha irmãzinha de 4 anos Vitória (mainha estava ligada a 11 anos e engravidou da nossa pequenina) e è a bênção das nossas vidas...

MINHA BONECA VIVI

Vi uma boneca
a boneca Vivi
dos olhos de jabuticaba
e cereja é a ponta do nariz.

Mais parece uma coelhinha
com seu sorriso amarelo
corre e pinta o sete bem ligeirinho
de azul, verde e caramelo...

Todo mundo quer
minha boneca Vivi
mas vai ficar querendo
porque mamãe a deu só pra mim.

Agora peço a Papai do céu
que abênçõe a Vi
ela é pequenina
e precisa muito de mim.

Escrito em Jacobina: 31 de setembo, 2008 por Juciléa Lopes.

Naveletras disse...

Juciléa, fiquei feliz pela sua visita ao meu blog.Espero sempre contar com sua presença por aqui.
Quanto ao seu texto, percebo – com orgulho e satisfação- que as aulas de Literatura Infanto-Juvenil estão sendo bastante produtivas. Assim como Leon, você também brilhou!
Queria a boneca Vivi para mim; mas como você disse: ela já é sua. Eu tenho a “Marieta” (esse texto está no meu livro “Meu Mundo Criança”, quanto tiver a oportunidade de ler, acredito que vai se identificar).
Com certeza "Minha boneca VIvi" vai iluminar nosso “Varal de Poesias”. Não esqueça de levá-la no próximo sábado!
Beijos,

Denise

Unknown disse...

Que bonitinhoooooooo...

Também quero participar!!!
Oi Denise, vi que seu blog está com uma boa frequencia do III semestre hein!? Que bom, parabéns!! Seu blog é realmente inspirador.

Deixarei meus escritos aqui também.

___~___~___~___~___~___~___~___

Dia de festa.

Amarelo, vermelho e azul.
Cores de norte a sul.
Músicas, doces, piada.
Palhaço, criança, gargalhada.

Bola, gude, pião.
Boneca, comidinha, bolinha de sabão
Carrinho, pipa, chafariz.
É festa, todo mundo está feliz.

Alegria o dia todo,
E bagunça o ano inteiro.
Coisa boa é ser criança,
Ninguém pensa em dinheiro.

Cíntia Oliveira
___~___~___~___~___~___~___~___


Não sou muito boa nisso...rsrs

Beeeeeeeeeeeeeeijo

Naveletras disse...

Cintia,

Que bom vê-la por aqui. Espero sempre tê-la presente nesse espaço.
Quanto ao seu poema, você se enganou; pois nele há saber e sabor, ou seja, bastante instigante. Sendo assim, essa é apenas a primeira de muitas poesias que você,com certeza, irá produzir.
Já comprou o caderninho? Se não, está na hora!Sensibilidade e inspiração você tem de sobra!!!!!
Um forte abraço,

Denise

Anônimo disse...

Denise, parabéns! Seu blog está um arraso!Eu estou sempre nessa nave.Adoro viajar nele.
Como é bom ter por perto uma pessoa tão inspirada, tão incentivadora.Depois de suas aulas estou sempre a escrever, voltando ao caderninho e produzindo.Digo voltando por esse hábito adormecido.Eu pensei que escreveria só nos momentos tristes, mas no momento eu estou adorando fazer poesias, principalmente para crianças. sempre que vem à mente algo que queira escrever eu estou a fazer anotações. Obrigada, e muita luz.
Sandra Barrêto.

Naveletras disse...

Sandra,

Que bom ter você nessa nave. Que tal publicar uma de suas poesias nesse blog? Já sabe que pode contar comigo para publicação virtual ou impressa. Tem um site interessante para publicar poemas:www.poetasmortos.com.br
Espero sempre tê-la por aqui.
Um forte abraço,

Denise

ICEJ - Instituto Cultural Elias José disse...

Sim, o Elias se foi, mas a família e os amigos dele não deixaram que sua grande e rica obra fosse esquecida.
Fundamos, na cidade onde ele viveu durante sessenta anos - Guaxupé/MG - o Instituto Cultural Elias José.
Venha conhecer um pouco mais do nosso trabalho e ajude-nos a divulgar este escritor que encantou e ainda encanta crianças e adultos por esse Brasil afora.

www.iceliasjose.blogspot.com

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e