sábado, 18 de dezembro de 2010

NOVAS BIBLIOTECAS A CAMINHO

Já está em vigor o protocolo de intenções assinado entre o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e representantes do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CNRMA). O documento publicado nesta quarta-feira (15) no Diário Oficial da União formaliza a implantação de ações do Programa Mais Cultura junto às populações tradicionais, que vivem em áreas prioritárias para a preservação da Mata Atlântica. O papel do MinC será implementar políticas públicas, como Pontos de Cultura, Cine Mais Cultura e Bibliotecas Públicas, entre outras iniciativas.
 PublishNews - 16/12/2010 - Por Redação

JOVENS TROCAM LIVROS POR "LEITURA DIGITAL"

No bolso do jeans, um BlackBerry. Na escrivaninha do quarto, um laptop. Dentro da mochila da escola, um iPod Touch. Tudo ao redor dos jovens de hoje oferece conexão 24 horas por dia. Como deixar de lado todas as infinitas possibilidades que o mundo digital oferece e se dedicar à leitura de um livro? Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) afirmam que a leitura não está entre as prioridades dos jovens de 15 anos. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 46% dos estudantes afirmam que leem apenas para obter as informações que precisam; 41% só leem se forem obrigados; e 24% acham que ler é um desperdício de tempo. Apenas um terço disse que a leitura é um dos hobbies favoritos. Apesar dos dados, especialistas em educação e tecnologia discordam da ideia de que o jovem de hoje lê menos. Muito pelo contrário: afirmam que os adolescentes nunca leram tanto. A diferença é que, agora, não são só os livros que são "lidos", mas vídeos, sites, SMS, e-mails e uma gama imensa de informações. 
O Estado de S. Paulo - 12/12/2010 - Por Mariana Mandelli

domingo, 12 de dezembro de 2010

ACADEMIA JACOBINENSE DE LETRAS MARCA PRESENÇA NA 10ª FEBAN EM JACOBINA - BAHIA

ESCRITORES E LEITORES APRECIADORES DO TERROR, PREPAREM-SE!!!!!!

A Litteris está promovendo o I Prêmio de Contos Fantásticos, Terror e Medo.

Interessados poderão escrever tema livre nos gêneros fantástico, terror, horror, medo, suspense e insólito.

Cada participante poderá concorrer com até 2 (duas) obras, de até 60 linhas cada uma.

As inscrições estarão abertas até o dia 30 de DEZEMBRO de 2010.
Confira o regulamento completo no site: www.litteris.com.br

Entretantos e Finalmentes

O genial trapalhão Mussum deu mais contributos à nossa língua que muito acadêmico empolado
 
Zeca Baleiro 

Eu era menino quando o compositor Paulo Diniz musicou o belo e verborrágico poema José, de Drummond, e fez o público cantar palavras pouco comuns ao vocabulário da canção, como "utopia" e "teogonia" - uma grande faceta, não resta dúvida. O povo também cantou "inzoneiro", "merencória" e "trigueiro", contidas na pernóstica letra de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, que gerou uma sequência de sambas-exaltação com palavras igualmente raras e às vezes inadequadas, quase sempre como uma propaganda interesseira do Estado Novo, isso bem lá atrás. 

Antes ainda, bem antes, eram os seresteiros que faziam a turba cantar versos parnasianos, cheios de palavras nada usuais, que pareciam escolhidas a dedo no dicionário. Catulo da Paixão Cearense, Cândido das Neves, o "Índio", e Vicente Celestino, "o ébrio", foram alguns desses artífices de versos pomposos como: "prossegue sempre em flóreas sendas, sempre ovante". Ou: "álgida saudade me maltrata", e por aí vai. 

Ex-ministro do governo Collor, Antonio Magri não é lembrado por nenhum feito político. Mas ninguém se esqueceu do absurdo certa vez por ele proferido, que consagrou o uso da inexistente "imexível". O ex-presidente Fernando Henrique também deixou sua marca no vernáculo presidencial ao reabilitar o velho e brejeiro "nhenhenhém". 

Além de poetas, compositores, ministros e presidentes, personagens de novela e humoristas a bordo de seus criativos bordões tornaram-se responsáveis por algumas invenções vocabulares dessas que o público assimila e reprocessa e cujo uso cristaliza-se em nossa fala corrente quase sem que se perceba. O genial trapalhão Mussum, por exemplo, deu mais contributos à nossa língua que muito acadêmico empolado e cheio de teses. Em seu "dialeto", bunda ganhou as lúdicas alcunhas de "poupança" ou "forévis". Cachaça em sua boca virou "mé". É dele também a mais expressiva interjeição de espanto que já se ouviu: "Cacildis!" 

E quem não repetiu as blagues inspiradas do personagem de Paulo Betti em Tieta do agreste - "nos trinques", "Sum Paulo", etc. -, exageradas pelo sotaque baiano da TV Globo? O clássico personagem Odorico Paraguaçu, de Dias Gomes, eternizado na tevê pelo imenso ator Paulo Gracindo e agora revivido no teatro por Marco Nanini, também deixou seu legado de firulas e gagues, entre estas a impagável "vamos deixar de lado os entretantos e partir pros finalmentes". 

Havia um locutor esportivo no Maranhão que, sempre que queria enfatizar a grande confusão dentro da área, berrava: "Olha o lançamento... que cu de boi na grande área!" Não tenho conhecimento veterinário suficiente para saber que terrível aspecto pode ter o ânus (ou furico ou fiofó ou zé-de-quinca ou oritimbó) bovino, mas pela expressão penso que posso deduzir. Ainda hoje, quando me deparo com uma grande zona, na rua, em casa, na mesa do escritório, exclamo, quase sem querer:
- Eta cu de boi!... 

P.S.: Nenhuma língua sobrevive sem invenções ou renovações, e nesse aspecto a língua portuguesa, e por que não dizer brasileira, é das mais prodigiosas. Mesmo assim, acho a nova reforma ortográfica uma grande tolice. Salvo a extinção do trema, chatinho, obsoleto e inútil, não vejo razão de ser para as novas regras, e me recusarei até o fim (pelo menos até o fim de 2012) a escrever assembleia sem é e enjoo sem ôo, o que considero um absurdo, um contrassenso (e agora, Jesus, com ou sem hífen?)... 

Publicado na revista Isto é em 14/02/2009. 
 
O maranhense Zeca Baleiro é músico e compositor. Lançou em 2010 os CDs Concerto e Trilhas (Saravá Discos), além do livro Bala na Agulha (reflexões de boteco, pastéis de memória e outras frituras) . Para mais informações consulte o site www.zecabaleiro.com.br .

Brasil evoluiu, mas ainda é o 53º lugar em capacidade de leitura no mundo



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O Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Alunos – projeto desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade sediada na França, anunciou que o Brasil ficou em 53º lugar na prova que avalia a capacidade de leitura dos estudantes brasileiros de até 15 anos de idade. Foram avaliados diversos aspectos na leitura, como a capacidade de reflexão, avaliação e interpretação dos alunos, entre outros pontos. 

O exame é aplicado a cada três anos e mede o desempenho de estudantes em 65 países. Além da leitura, o Pisa também avaliou as habilidades dos estudantes em matemática e ciências. 

Os alunos brasileiros ficaram em 53º em ciências e leitura (superando Argentina, Panamá e Peru na América Latina, mas atrás de Chile, Uruguai, México e Colômbia) e em 57º em matemática. 

No ranking geral dos países avaliados na América Latina, o Brasil fica à frente de Argentina e Colômbia, mas aparece 19 pontos atrás do México (49º), 26 pontos do Uruguai (47º) e 38 do Chile (45º). Vinte mil estudantes brasileiros nascidos em 1993 responderam às provas de leitura, matemática e ciências. 

Apesar da posição ruim, entre todos os países avaliados, o Brasil foi um dos três que tiveram a maior evolução na qualidade da educação. Entre os exames do Pisa de 2000 e 2009, o país subiu 33 pontos. Apenas Chile, que subiu 37 pontos, e Luxemburgo, que subiu 38, apresentaram crescimento maior.

Publicado em: 09/12/2010- Olimpíada de Língua Portuguesa

sábado, 11 de dezembro de 2010

Livro explora os conceitos da autoestima no universo infantil

A coitadinha (Escrita Fina, 40 pp., R$ 22) retrata a história de Milena Pena, que achava que não dera sorte nem no sobrenome que recebeu dos pais. A palavra pena retratava fielmente quem ela era, uma menina muito, mas muito coitadinha. Sofreu desde o dia do nascimento, com cuidados exagerados, flashes, expectativas. Certo dia, ela resolveu conversar com seu amigo Vinícius Ventura, o menino mais sortudinho do mundo. Por que ele era, afinal, tão merecedor de coisas boas enquanto ela, coitadinha, não tinha nada de bom? Convencida por ele a viver um dia em sua companhia, Milena brincou, riu, se divertiu. Que estranho! Será que a vida era assim, tão simples? A coitadinha, segundo livro da jornalista e escritora Angélica Lopes, com ilustrações de Taline Schubach, explora os conceitos de autoestima infantil.

PublishNews - 10/12/2010