sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ESTÁ NO AR A REVISTA DA FAEEBA




O n. 30 (jul./dez. 2008) da Revista da FAEEBA: EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE já está no site:
http://www.revistadafaeeba.uneb.br/ . Basta clicar na capa que é mostrada na página inicial, a fim de fazer o download do conteúdo inteiro da edição.
Nessa edição há a publicação do resumo da minha dissertação de Mestrado:DO CAIXOTE À PRATELEIRA:UM OLHAR INVESTIGATIVO SOBRE AS MULHERES-LEITORAS DO CURSO DE LETRAS.

Quem se interessar em publicar, seguem abaixo os temas e os prazos dos próximos números (32 a 36) :


Temas e prazos dos próximos números
da Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade

Tema

Prazo de entrega dos artigos

Lançamento previsto

32

Educação e Representações Sociais

30.04.09

setembro de 2009

33

Educação Indígena

30.08.09

março de 2010

34

Educação e Movimentos Sociais

30.04.10

setembro de 2010

35

Educação e Religiões

30.08.10

março de 2011

36

Educação Rural

30.04.11

setembro de 2011

Enviar textos para Jacques Jules Sonneville – jacqson@uol.com.br

Um forte abraço,
Denise

EU, PARTE DE TI





se me fosse dado um ano

mimava-te em versos

prendia-te em rimas e gestos



se me fosse dado um mês

abraçaria-te ardentemente

ao som de bardos e beijos envolventes



se me fosse dado um dia

uniria meu corpo ao teu

jogando pelo caminho

as horas inúteis

que derramei pela estrada afora



se me fosse dado uma hora

eu nem olhava o relógio

rogava-te: faze-me mulher

torna-me viva

imortal no amor

desejável na paixão



se realmente te tivesse

faria de ti um homem

e eu, mulher por inteira





DENISE CARVALHO
Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2009
Código do texto: T1392626

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O VENDEDOR DE HISTÓRIAS

Em uma terra distante morava um vendedor de histórias. Mas, ao contrário do que se imagina, ele não conseguia vender nenhuma de suas histórias.Chegava perto da menininha triste e dizia:

_ Eu conheço uma história de uma menina triste, que ficou contente quando encontrou amigos que compartilharam seus brinquedos e sua amizade. Quer comprar essa história?

- Não! - respondeu a garota.

Mais adiante encontrou o vendedor de leite e disse:

- Meu amigo, você que está aí sentado porque machucou o pé e não pode vender leite hoje, quer ouvir a história de um vendedor que machucou a mão, ficou uns dias sem vender e ao se recuperar vendeu o dobro do que vendia antes?

- Não! – respondeu o leiteiro.

Mas o vendedor de histórias não desistia:

-Dona Mariquinha, a senhora que está aí sentada na porta, sem nada fazer, quer ouvir a história da mulher que não trabalhava e por ficar na porta de sua casa conseguiu ajudar a muitos que ali passavam, dando, assim, sentido a sua vida sem graça?

-Não! – respondeu a senhora.

Como era muito perseverante, o vendedor de histórias continuou sua caminhada atrás de alguém que pudesse comprar suas histórias.

Andou mais um pouco e percebeu um aglomerado de pessoas ao redor de um teatro de rua.Parou para escutar o que estava contando o grupo mambembe. Percebeu que a encenação ao ar livre embevecia os ouvintes:

- E assim, depois que Isabel encontrou sua família ficou mais aliviada. Voltou a comer, a conversar, a brincar, a sorrir novamente. – finalizou a história, um dos artistas do teatro.

- Mas, se vocês pensam que parou por aí, não acabou não! Quando Isabel estava envolta de tanto contentamento, apareceu o Zé Assombração e...

Todos os presentes aplaudiram exaustivamente de pé, menos o vendedor de histórias, que aborrecido disse:

-Não gostei dessa história! Não tem final! Não se sabe o que vai acontecer com Isabel!

Um dos artistas sorridentemente replicou:

- Ora meu amigo, se contarmos o que vai acontecer com Isabel, onde você entra nessa história?

-Como assim? – indagou o vendedor.

-Quero dizer que, se contarmos tudo, roubaremos a sua imaginação. E a graça de uma história é justamente o jogo do mistério: pode ser isso, pode ser aquilo. – argumentou o artista.

O vendedor nada mais disse. Apenas pegou seu baú de histórias e saiu novamente a procurar compradores para elas.

Encontrou bem aquela menininha triste do começo da história:

-Ei, você não é aquela garota que eu encontrei dias atrás toda tristonha?

-Sim, sou eu. – respondeu prontamente a menina.

-Mas agora você está feliz, não é? – perguntou o vendedor.

-Sim, estou. Mas se alguém me contasse uma história interessante, eu ficaria mais contente ainda.

O vendedor de histórias pressentiu que aquela era a sua oportunidade:

-Eu vendo histórias, quer comprar uma?

-Não sei do que se trata. - redargüiu a menininha.

O vendedor orgulhosamente respondeu:

-Só lhe digo uma coisa: é uma história que tem circo e muito palhaço. E aí, quer comprar?

A menininha encheu-se de curiosidade, porque queria saber o que acontecia naquele circo e quais eram as piadas contadas pelos palhaços. Então, não perdeu tempo e respondeu:

-Claro que sim! Conta, conta, conta.

E foi assim, com muito saber e sabor, que o vendedor de histórias conseguiu vender sua primeira história.




Denise Dias de Carvalho Sousa
Publicado no site: O Melhor da Web em 06/01/2009
Código do Texto: 11103

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

INCÓGNITA





virada de ano

ano virado


em copos,

corpos

e nuances


fogos de artifícios,

fantasias,

sensações e pulsações


beijos entretecidos

braços

em abraços


em clamor,

caldas

de desejos


no pensamento

desafio dos reveses

em busca do indefinido.


denise dias de carvalho sousa