O metro da minha vida
é a extensão do meu amor
Está escrito numa plaquinha sanguínea
de sonhos, de desejos e de fulgor
Cada um escolhe sua medida
a minha, meço em versos rimados:
paixão filial, materna,
paterna e carnal
A do homem que amo
em metros, são quarenta e um
sem igual
A dos filhos, a soma
extrapola os trinta
em total
A da mãe, o do pai e o dos irmãos,
acabo de medir,
acima de cento e trinta,
não mais posso permitir
As histórias com eles vividas
são gotas essenciais
dos vôos permitidos
de gozos transcendentais
Socializá-las, contá-las e rememorá-las
metrificam meu amor por eles,
esquadrinham minhas recordações,
me desnudam,
me desvelam,
me despem por inteiro.
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